"Este governo não me representa". Essa frase eu já ouvi e li com muita frequência na mídia e em conversas cotidianas. Se este governo não representa certas pessoas, vale a pena perguntar: qual governo as representa? Os anteriores? Qual seria?
Para mim, a maioria das pessoas que se colocam dessa forma, conscientemente ou não, tem como objetivo ficar em cima do muro. Assim, no consolo ilusório que vem da zona de conforto, acabam fazendo uma quantidade enorme de comentários que em nada contribuem para esse momento desafiador que estamos vivendo.
Não sou a favor de muitas das soluções e propostas criadas e colocadas em prática por este governo. Ocorre que, em vez de esperar que ele me representasse em minhas ansiedades e expectativas, optei por me representar com respeito e compreensão diante dessa situação singular que vivemos atualmente.
Sabe por que tomei essa decisão? Porque o poder está comigo; eu sou o chefe e eles são meus funcionários, como alguém disse recentemente, e eu concordo plenamente. Não precisamos ser coniventes com o que não vai bem em nosso universo social. Mas espere um pouco: quando foi que tudo deu certo? Quando, em nossa nação, e ampliando um pouco mais, quando no mundo as coisas foram ajustadas para o bem comum, sem prejudicar ninguém?
Sou espírita e vou me permitir apresentar a questão 932 de O Livro dos Espíritos, na qual Allan Kardec pergunta: "Por que, no mundo, é frequente que a influência dos maus sobrepuje a dos bons?". Os espíritos responderam: "Por causa da fraqueza dos bons, o mal se destaca. Os maus são ardilosos e ousados, e os bons são tímidos. Quando o bem desejar, ele dominará".
Também posso dizer que muitos que se dizem "bons" perdem tempo fazendo proselitismo, o que não contribui em nada para resolver os problemas que nos deixam infelizes como nação.
O quadro que estamos vivenciando hoje em nosso país e no mundo vai muito além do que é exposto, por exemplo, na mídia, que sustenta a "Matrix" na qual estamos inseridos. Estamos em meio a uma luta entre o bem e o mal, entre o que está em sintonia com as leis que regem a vida e o que vai contra elas.
Luz e sombra estão em guerra no ambiente extrafísico de nosso lar planetário. Os representantes do mal e do crime no mundo astral estão em plena batalha pelo poder, de forma alucinatória, diante da evidente ruína e colapso de seu império.
O governo que me representa é o "governo da luz", que ainda não se manifestou totalmente entre nós, mas se manifestará. Sabe quando isso vai começar a acontecer? Quando a luz que existe em mim se juntar à luz que existe em você e nos milhões de brasileiros que anseiam por dias melhores.
É hora de nos unirmos, união sem fusão, e fazermos o nosso melhor! Não é hora de lutar por partidos, candidatos X ou Y, pois estes já têm seus futuros traçados por suas próprias condutas, e o juiz infalível chamado "consciência" estabelecerá a sentença adequada - ela é incorruptível, meus amigos.
É hora de lutarmos pela implantação de valores nobres, pelo bem comum. Portanto, nossas armas são a oração, a mudança radical de atitude, um melhor nível de pensamento, a intervenção positiva no ambiente social e a restauração da saúde em nossos relacionamentos afetivos, familiares e profissionais, entre outras ações.
Como você pode ver, temos muito a fazer. Se nos perdermos nas distrações criadas pelos agentes das sombras e sustentadas por nossa falta de previsão, sucumbiremos ao desânimo, à violência e à frustração.
É hora de romper essa teia tóxica, essa egrégora de ódio, violência e luta pelo poder que está sobre todos nós, sem exceção. A luta é contra os líderes espirituais das trevas e seus núcleos de maldade na erraticidade. Quanto ao resto, meu amigo, é como Emmanuel disse certa vez a Chico Xavier:
"Isso também passará."
Marcos Leão é vice-presidente da Ordem dos Guardiões da Humanidade, onde é um dos instrutores. Médium, autor do livro Você com você, profundo conhecedor dos trabalhos espirituais, é cofundador da UniSpiritus ao lado de Robson Pinheiro, onde desenvolve atividades mediúnicas e sociais desde 1992.