A jornalista Gabriela Ruic, da Revista Exame, fez esta semana uma interessante matéria sobre as tecnologias de pesquisa já disponíveis em relação à vida no planeta Marte, com base no filme The Martian, dirigido por Ridley Scott e estrelado por Matt Damon, lançado na semana passada, em 3 de outubro de 2015.
Embora permaneça limitada à materialidade do assunto e seja apenas um primeiro passo, a ciência já demonstra conhecimentos que, até então, eram totalmente desconhecidos do público em geral com relação à possível vida humana fora da Terra. Os próximos passos certamente serão o conhecimento das outras dimensões da vida nesse planeta e em outros também.
Vimos recentemente no livro Os Abduzidos, de Ângelo Inácio, psicografia de Robson Pinheiro, Casa dos Espíritos Editora, a grande influência e ação de seres de outros planetas em nossa vida na Terra.
O que mais me chamou a atenção no filme foi que, em um momento de grande complexidade na trama, o personagem principal, protagonizado por Matt Damon, se vê sozinho em Marte sem seus companheiros de viagem e supera suas capacidades intelectuais, físicas e emocionais ao encontrar uma forma de sair daquele planeta, com o apoio de técnicos na Terra. Para nós que estudamos assuntos de várias dimensões e vida em outros planetas em nossos colegiados, podemos observar que, apesar de ser ficção, a obra traz muitas coisas interessantes para nossa reflexão e estudo.
De um ponto de vista espiritual, por exemplo, sabemos da existência de vida em Marte na faixa etérica e, portanto, cheia de vida, mesmo que não seja visível ao olho humano. Se o personagem tivesse conhecimento dessa vida, ele estaria muito mais aberto às intuições que receberia dos habitantes de Marte para sair rapidamente da situação em que se encontrava. Esperamos que em um futuro próximo possamos ver nas telas uma abordagem mais espiritual e alinhada com a ciência cósmica, que recebemos fragmentos preliminares por meio de livros como Os Abduzidos.
Veja o artigo da jornalista Gabriela Ruic:
Embora seja classificado como ficção, o longa-metragem une sua narrativa a elementos reais da agência espacial americana ( NASA ) avaliou o filme e listou algumas das tecnologias que aparecem na telona, mas que já se concretizaram ou estão em pleno desenvolvimento pelos cientistas. Veja cinco delas a seguir:
1 - O habitat
Preso em Marte, Whatney passa a maior parte do tempo no "The Hab", uma espécie de casa que visa proteger os exploradores das condições hostis e extremas de Marte. Na vida real, explica a NASA, o "The Hab" é chamado de "Hera" (Human Exploration Research Analog) e é desenvolvido no Johnson Space Center.
De acordo com a agência, o "Hera" é um ambiente de dois andares que possui espaços para descanso, trabalho e higiene. Lá, os cientistas realizam testes operacionais e fazem viagens de 14 dias para simular futuras missões em locais isolados. A pesquisa, continua a NASA, tem como objetivo avaliar o comportamento humano nessas condições e também ajudará no desenvolvimento dessas operações.
2 - A plantação
A agência explica que, hoje, os astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS) recebem suprimentos por meio de naves projetadas especificamente para esse tipo de apoio. "Em Marte, os humanos não poderiam contar com missões para entregar suprimentos da Terra", lembra a NASA. "Para sobreviver, eles terão que plantar".
Porque os astronautas da agência já têm um sistema capaz de produzir vegetais fora da Terra, o "Veggie". Em agosto, a tripulação jantou em um prato de alface vermelha cultivada por eles dentro da estação e foi a primeira vez na história que humanos comeram alimentos produzidos no espaço.
O "Veggie" usa uma espécie de travesseiro de sementes que, em seguida, é colocado sob luzes vermelhas e azuis emitidas por lâmpadas LED. O sistema tem cultivado vegetais desde 2014, mas as plantas foram trazidas de volta à Terra para análise.
A ideia futura, explica a agência, é que o "Veggie" expanda suas capacidades para que seja possível produzir outros tipos de alimentos que atendam às necessidades nutricionais dos seres humanos envolvidos em missões de longo prazo.
3 - Trajes espaciais
Por mais hostil que seja, o ambiente de Marte exige que seus exploradores estejam vestidos para o clima. Para isso, no filme, Whatney passa seus dias no planeta vermelho em um traje bom o suficiente para longas caminhadas. "Portanto, seu traje deve ser flexível, durável e confiável", avalia a NASA.
Há diferentes projetos de trajes sendo desenvolvidos pela agência, mas todos eles levam em conta situações que envolvem desde caminhadas até movimentos para que o astronauta se abaixe para pegar algo do chão.
Um dos desafios é lidar com a poeira da superfície do planeta. "O solo vermelho de Marte pode afetar os astronautas e os sistemas dentro de uma espaçonave se for levado para dentro." Para isso, os cientistas estão estudando uma maneira de uma pessoa entrar na nave, deixando o traje do lado de fora.
4 - Rover
A ideia da missão da NASA a Marte é que, uma vez lá, a equipe permaneça por doze meses até que o alinhamento dos planetas permita que a viagem de volta à Terra seja mais curta. "Isso dará aos astronautas tempo suficiente para realizar seus experimentos e explorar os arredores." Mas a ideia é que eles não fiquem limitados a uma determinada distância.
Por esse motivo, é necessário um veículo robusto, ágil e versátil, como o usado por Whatney no filme. Atualmente, a agência trabalha com o MMSEV (Multi-Mission Space Exploration Vehicle), que já foi usado em missões semelhantes. As tecnologias desse rover são desenvolvidas com o objetivo de utilizá-lo em todos os tipos de operações: desde o pouso em asteroides até a exploração de Marte e suas luas.
5 - Água
Há algumas semanas, a agência anunciou que havia descoberto evidências de que o planeta vermelho tem água líquida, um elemento fundamental para a vida. "A presença de água líquida na superfície de Marte aponta para ambientes mais habitáveis do que se pensava anteriormente", disse um pesquisador na época do anúncio.
No filme, a equipe de astronautas não desperdiça uma única gota e depende de uma espécie de estação de tratamento para garantir o fornecimento de água potável. Na vida real, isso é feito na ISS por meio do Sistema de Recuperação de Água.
Com esse sistema, explica a NASA, o suor, a urina e até as lágrimas são recuperados e transformados em água pronta para o consumo. "O café de hoje será o café de amanhã", brincou um astronauta da agência a bordo da ISS.
Mas a pesquisa nesse campo está longe de ser concluída. De acordo com a agência, outras tecnologias de tratamento de água estão sendo desenvolvidas e a ideia é que as tripulações de missões de longo prazo sejam independentes do reabastecimento de suprimentos da Terra.
É isso, amigos, a ficção está cada vez mais próxima do maior, mais abrangente e real. Temos que ser pacientes até estarmos prontos para as novas formas de vida, expandindo assim nossa consciência... mas estamos no caminho certo!
Ronaldo Albertino Membro do Conselho de Guardiões em São Paulo.
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Crédito da imagem que ilustra a publicação: Cena do filme Perdido em Marte - Publicidade - Scott Free Productions - Distribuído pela 20th Century Fox
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